Vigilantes de carro-forte

insegurança que desumaniza exige cooperação por ambiente de trabalho seguro

Autores

  • Raimundo Dias Oliveira Neto Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região
  • Valdélio de Sousa Muniz

DOI:

https://doi.org/10.70405/pts.i1.16

Palavras-chave:

Dignidade da pessoa humana, Trabalho em condições degradantes, Vigilante de carro forte

Resumo

O foco demasiado que as empresas de transporte de valores dão à proteção patrimonial de seus clientes, diante do clima crescente e generalizado de insegurança pública, tem provocado consequências sobre a saúde física e mental dos trabalhadores que atuam como vigilantes de carro-forte, independentemente da ocorrência de assaltos. Relatos trazidos com frequência em processos trabalhistas dão conta de que, no cumprimento de rotas intermunicipais de coleta e abastecimento de caixas eletrônicos e instituições bancárias, estes trabalhadores são submetidos, ordinariamente, a situações degradantes, a exemplo do que ocorre com a realização de refeições dentro do carro, e de necessidades fisiológicas em sacos plásticos e/ou garrafas pet no interior dos próprios carros-fortes, dada a impossibilidade de paradas seguras em rodovias. O presente artigo se propõe a analisar a situação e propor medidas à luz dos princípios da dignidade da pessoa humana, da valorização social do trabalho e da livre iniciativa, em vista à promoção do trabalho decente.

Biografia do Autor

Raimundo Dias Oliveira Neto, Tribunal Regional do Trabalho da 7ª Região

Juiz do Trabalho e Gestor Regional do Programa Trabalho Seguro no TRT-7ª. Mestre em Filosofia pela UEVA/ CE. Professor de Direito Constitucional, Trabalho e Processo do Trabalho.

Valdélio de Sousa Muniz

Analista Judiciário no TRT-7ª Região (Assistente de Juiz). Mestrando em Direito Privado pelo Centro Universitário 7 de Setembro (Uni7). Especialista em Direito e Processo do Trabalho (Faculdade Darcy Ribeiro) e em Ensino de Língua Portuguesa (Universidade Estadual do Ceará-UECE).

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Publicado

31-12-2023

Como Citar

Oliveira Neto, R. D., & Muniz, V. de S. (2023). Vigilantes de carro-forte: insegurança que desumaniza exige cooperação por ambiente de trabalho seguro. Revista Do Programa Trabalho Seguro, (1), 196–210. https://doi.org/10.70405/pts.i1.16